Monday, May 21, 2007

Lembrâncias da Infança # 2

Porque sétima série pra mim é infança.


Então.
Estava eu na sétima série, magricela, anti-social e cretina.

E, na minha sala, tinha uma menina repetente que era enorme. Ah, nem era enorme. Ela era um pouco mais alta, porém MUITO FORTE. Pra vocês terem uma idéia da delicadeza, seu apelido era Pitbull. Um mimo de menina.

Imaginem essa delicadeza jogando handbol e eu no gol, defendendo seus mísseis. Era uma paisagem comum, mas nem é disso que eu vou falar aqui. E olha que nem foi ela que luxou meu dedo no maldito handbol.

Claro que eu não conversava com ela, mas também não nos detestávamos. Teoricamente. Mesmo porque, de certa forma, apesar de fisicamente opostas (ou quase), tínhamos os mesmos hábitos femininos: espancar meninos depois da aula. Só que eu só batia nos magrelos. Eles me chamavam de Mike Tyson. (Meu deus, tive muita coisa em comum com essa menina MESMO.)
Já a Pitt batia em qualquer um que se colocasse na sua reta, mesmo aqueles meninos repetentes enormes e bebuns.

Mas aí, o povo zoava ela de Pitbull e chamava ela de cachorra mesmo, na moral, mesmo sabendo que ia levar porrada depois. Povo masoquista.

E um belo dia, no fim da Educação Física, meu sapatinho de cristal (tênis velho arrebentado) desamarrou os cadarcinhos. Aí botei o pezinho num pilar (um pilar cilíndrico - poste.), bem no alto, pra eu amarrar a bagacinha.
Aí passam os zoadores da Pitt (eles eram amigos dela, ela também era meio masoca) junto com ela, e me apontam falando com ela:

- A LÁÁÁÁÁÁÁA PITTTT OLHA ELA TE ZOANDO, IMITANDO CACHORRO MIJANDO NO POSTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ATÉ ELA TÁ TE ZOANDO!!!!!!!! DÁ PORRADA NELA TAMBÉM!

(Quanta cretinagem. Ainda me zoaram enquanto zoavam ela. )

Ao que ela olha pra mim e me diz:
- CÊ VAI VER DEPOIS DA AULA!!!!
E continua andando em direção à sala com seu passo normal.

ahahaahahahahahHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAAhahahahahaha
Meu sangue gelou. É meu fim. Só tinha mais umas duas horas de vida.

Então que que eu fiz? JUNTEI MENINOS PRA ME DEFENDER!!! AHAHAHAHA!
Que poder de persuasão eu tinha.

Depois da aula, fomos pra esquina do colégio pra VER SE a Pitt vinha me bater mesmo ou se era só retórica.
Até um menino da outra sala eu consegui convencer. E olha que eu nem conversava com ele. O que o medo não faz, não é mesmo, minha gente?





E, no fim, a Pitt desceu a rua tranquilamente indo pra casa dela, ignorando toda a muvuca.
Acho que ela achou injusto bater num peso-pena em plena rua. Sei lá. Talvez ela só gostasse de bater em homens.




PS:
E este caso me lembrou outro, da sétima série mesmo (é rapidinho):

Eu tinha unhas muito grandes. Até hoje tenho, mas menores do que naquela época.
Aí, eu unhava os meninos todos. Eles me zoavam, eu unhava eles. Simples assim.
Aí teve um menino que eu unhei tanto, que, um dia, ele me apareceu de UNHAS ENORMES, dizendo que era o DIA DA VINGANÇA!!!!! AHAHAHAHA!

Ele deixou as unhas crescerem só pra me unhar.

E ele me unhou e doeu. Quanta maldade.

mel - 8:45 PM

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Friday, May 18, 2007

150!

E esta é a 150° postagem deste amado blog cinzento-avermelhado! Paaaaaaalmas. Chegou rápido. Eu achei.

Alguém pode dizer pra mim como se diz "150°"? Eu não sei mais falar números ordinais. São ordinais mesmo? Depois do 10°, eu nunca soube. Nem me venha com décimo primeiro, é muito feio. Sempre fui adepta do ônzimo, dôzimo, trêzimo... É mais estético. E mais justo, afinal, o número é onze, e não dezeum. Mas 150° eu realmente não sei falar. Cento e cinquêntemo. Sei não.

Então. No 100° post eu pus mó história. Mas tô com preguiça de linkar ele aqui, eu tô cheia, comi macarrão demais. Vendo "Troca de Esposa" no People and Arts. Passa 21h, tá? É legal, eu adoro barraco. Adoro. Pra vocês terem uma idéia, ainda vou fazer um trabalho com caráter monográfico sobre Jornalismo de Fofoca. Acho que é só isso que mereço fazer mesmo, depois de ter tirado 70% de uma prova de... hm... textos. Eu não sabia que escrevia tão mal, mas Paulo Coelho também escreve mal e vive disso. Se ele pode, eu posso. E que assim seja.
Mas eu sou favorável ao Jornalismo de Fofoca, que é tão injustiçado hoje em dia. Espero que o professor não ache que eu tô arremedando ele com o trabalho. Acho que vou avisá-lo antes, sabe como é, né.

Que mais? Ah sim, o MPROF. Poisé. O MPROF é o típico "não se meta onde não foi chamado", mas tô nem aí, eu dou palpite mesmo.
O MPROF é um braço do Coletivo Ortografia.
Bom, é que na faculdade tá uma moda de fazer Coletivos. É coletivo disso, daquilo, daqui a pouco até os motoristas de coletivos urbanos vão fazer o Coletivo Urbano.
Esses dias eu idealizei o Coletivo Ortografia, que teve seu embrião nas aulas de Oficina de Textos (a matéria na qual eu tirei 70% da prova - né.), quando a gente, ao invés de prestar atenção à aula que não era dada, tentava aprender um pouco de francês.
Na verdade, a gente tava dando pitaco no francês. E olha que eu não sei nada de nada. Mas é que francês tem tanta letra inútil nas palavras, que não são pronunciadas, como, por exemplo, Foucault. Foulcault tem nove letras, mas só pronunciamos 4: Fucô. Logo, 5 delas são inúteis e deveriam ser retiradas sem dó da palavra. Tem também Pêcheux, que se pronuncia Pexê. E por aí vai.
O Coletivo Ortografia é a favor da abolição de toda letra desnecessária à palavra, em qualquer língua que seja. E o MPROF é o Movimento Pela Reforma Ortográfica Francesa, que é isso aí que cês já leram. A gente é muito cara de pau mesmo.
Este é um movimento que começa obscuro no Brasil, com algumas pichações em carteiras da Universidade, mas logo se alastrará pelo além-mar e chegará à terra da Torre Eiffel com toda força e terá seus objetivos cumpridos.

Porque a língua escrita não foi feita pra ser bonita!





(gente. menos, tá?)

mel - 10:08 PM

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Monday, May 14, 2007

Adivinhem...

Sim, os ônibus de novo.
Vocês têm noção? Passei uns dois meses sem postar aqui, e nesse meio tempo não aconteceu nada de recordável no quesito. A não ser por algumas demoras cretinas, algumas corridas, e outras normalidades, os ônibus estavam decentes. Até hoje.
Foi só eu resolver voltar a escrever aqui que a zica voltou.

O caso de hoje foi meio culpa minha mesmo. Mea culpa, mea maxima culpa, já diriam alguns romanos.

Bom, estava eu na escolinha, doida pra voltar pra casa. Ai que preguiça. Pego um ônibus e ando muito ou pego dois e ando menos? Bem, como tá frio e eu tenho preguicinha, resolvi pegar dois. Curiosamente, o ponto onde desço de um é exatamente o ponto de pegar o outro. Lindo, né?

É. Aí eu pego um e tô den'dele. Chega lá na rua imediatamente anterior ao ponto de descida e pimba! passa o meu segundo ônibus indo embora. Oh não! E agora, quem poderá me defender?
Ninguém. A não ser o próprio Mercedes de 35 lugares sentados e 35 em pé.
Desço do ônibus desoladamente, me sentindo o último ser humano do mundo. Já estava escurecendo e ainda era cedo. Olho pra lááááa, na esperança de ver meu ônibus, lindíssimo e saltitante, subir a rua. Nada. Então, como tava com preguiça e sem paciência, resolvo descer a rua em busca de outros colegas-mercedes que pudessem me ajudar.
Quaaaaaando eu tava descendo a rua, já tinha andado um quarteirão, vejo um dos meus busões subindo ela. Mas não tinha ponto perto! Então rezei pra ele parar no sinal láááá embaixo pra eu tentar alcançá-lo!! E para atingir esse objetivo, eu ainda tinha que atravessar uma larga e movimentada avenida! Ai papai! Aiaiai!!
Mas aí aconteceu o incrível: eu consegui alcançar o ônibusss!!!!!

Nossa, que legal, Miss Supahstah!

Massssssss ele não parou pra mim, o sinal abriu e ele se foooooooooi!!!!

Xinguei um pouquinho e continuei descendo a rua em busca de um mercedão-alternativo. Quando eu já tava quase chegando à outra esquina, LÁ VEM OUUUUTTTROOOOO Busão-Amor!!!!Lá fui eu, a doidona da vez, virando 180° de repente e subindo a rua de novo em busca do ônibus semi-perdido!
A minha sorte foi que tinha uma enfileiração de ônibus no ponto, uma embolêra danada, aí meu busão-fofo não pôde passar muito na minha frente e eu pude correr e pegar ele, sem ter que perder o fôlego e parar no samu. Ou seja, peguei-o.
E a culpa foi minha hoje, né. Mas viram como o busão-coração é tão amoroso e gentil?

mel - 6:48 PM

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Saturday, May 12, 2007

BAAAAAHHHH

Voltei, não sei se é PRA SEEEEEMPRE, assim, MAS voltei um pouquinho. Nem era pra eu estar aqui, eu tô fazendo mó trabalho, digamos, metalingüístico, um trabalho que fala de curso de Comunicação de faculdades diversas. Tá, mentira, só da minha e de outra. Enfim, mó vida dura, sabem, camaradas?

Sim, eu sumi, não tenho mais tempo pra nada, nem pra coçar as costas. Tive que contratar um escravo pra isso, mas mesmo assim as coisas ainda não fluíram. Mas tudo bem, eu gosto mais de ter muita coisa pra fazer do que não ter nada pra fazer. De verdade, parece até que nem tenho preguiça da vida. Toooooda a vida.

Bom, entrei no curso desejando jornalismo, oohhh, jornalismo. Aí, lá dentro, deu um baque interno e eu cismei que talvez a publicidade fosse legal, talvez por eu ser uma das pessoas que faz mais trocadilhos do mundo, quiçá do universo inteiro. Talvez não. E o RafaBarbosa disse que leu num livro que as pessoas que fazem trocadilhos podem ser bons publicitários. Talvez sim. Mas assim, só faço trocadilhos ruins. E daí, tem tanta propaganda horrível aí na televisão mesmo. E nas revistas. E nos jornais. E na internet. São muitas mídias pra mim. Ah, e tem o rádio também. Aliás, tô fazendo um trabalho da Rádio Guarani dos anos 50, alguém ajuda? Tá, mentira, nem precisa mais. Já tem muita coisa. E não foi o Google que me mostrou. Google mau.

Mas voltando aos trocadilhos, outro dia eu fiz um que merecia uma medalha de honra, de ouro:

"OPERAÇÃO FURACÃO É CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A RAIVA!!"

Se você não entendeu, releia. Não vou explicar.


Não vou MEEESMO.





Ah, juntem-se ao movimento M.P.R.O.F.!!! No próximo post explico o que é!
(isso é uma campanha publicitária pra mim mesma, pra eu me sentir pressionada - por mim mesma - a postar de novo aqui, porque eu gosto daqui, apesar de tudo!)

mel - 3:52 PM

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